Amamentar é um ato natural, o que não quer dizer que você e o bebê nascem sabendo como funciona. O começo é de descoberta e aprendizado de ambas as partes e talvez você precise de ajuda. (Leia mais sobre ajuda na amamentação no post O Bebê nasceu! E agora?)
Gostaria de dividir com vocês um pouco sobre a minha experiência no início da amamentação do meu bebê, Vitor. Assim como a grande maioria das mamães tive várias dúvidas e muitas dificuldades ao amamentar, mas o importante foi que nunca desisti desse objetivo.
Desde que engravidei, optei por tentar amamentar exclusivamente durante os 6 primeiros meses, e continuar com o leite materno mesmo após a introdução alimentar. Por este motivo eu passei toda minha gestação lendo e me informando sobre o assunto. Tendo absorvido a teoria, acreditava saber tudo o que precisava sobre a pega correta e me iludi pensando que tiraria de letra. Eu sabia que amamentar não deve doer. Mas e quem disse que não doeu? É claro que alguma coisa estava errada, mas o problema era descobrir sozinha o quê e como corrigir.
Durante os dois dias que permaneci na maternidade tive bastante auxílio das enfermeiras do berçário que sempre passavam no quarto perguntando se estava tudo bem e tirando minhas dúvidas. Nesses dias foi tudo bem tranquilo, até porque nesse começo o recém-nascido mama muito pouco e geralmente a mãe precisa até acordá-lo para as mamadas.
Mas e quem disse que não doeu? É claro que alguma coisa estava errada, mas o problema era descobrir sozinha o quê e como corrigir.
Meu grande desafio começou em casa. Meu leite demorou um pouco para descer e quando desceu, aos montes, eu me vi toda empedrada e com dor. Em apenas um dia meu leite começou a empedrar, eu chegava a ficar febril e sentia calafrios de tanta dor. Minhas mamas ficavam quentes e vermelhas, e por não saber o que fazer, acabei por piorar a situação: fiz compressa quente (acreditando que iria aliviar minha dor), mas o calor fez com que minha produção de leite aumentasse ainda mais. Estava desesperada!
Nesse meio tempo, meu bebê continuava mamando, ou pelo menos tentando né. Até porque de tão cheio e endurecido que meus seios ficaram, ele mal conseguia abocanhar minha mama, e foi aí que os meus bicos começaram a ser detonados. E como doía, mesmo sem fissuras (para minha sorte), ainda assim, formavam-se bolhas de sangue e o bico ameaçou partir.
Eu passava parte do meu dia tentando esgotar os seios e nada, pensava que havia gasto dinheiro à toa na esgotadeira super cara que comprei, pois nem esgotar o leite eu conseguia. Foram dias frustrantes, sem todo aquele glamour da maternidade e aquelas lindas fotos de amamentação que a gente vê por aí. Ouvia conselhos daqui e dali e nada resolvia, passava mil pomadas e receitas caseiras para nada. Minha vontade muitas vezes era de desistir e correr para o leite artificial mesmo. Mas aí batia aquela dor na consciência que me dizia para persistir, e eu continuei.
Foram dias frustrantes, sem todo aquele glamour da maternidade e aquelas lindas fotos de amamentação que a gente vê por aí.
Eu precisei de ajuda para continuar. Tenho a sorte de ter uma amiga que é consultora de amamentação e me ensinou muitas coisas que eu não fazia ideia de como fazer. E ainda assim, foi muito difícil. Chorei de dor em algumas mamadas torcendo para que acabasse logo, passei horas esgotando leite e perdi o sono com dores latejantes no bico.
E quais os benefícios do aleitamento materno?
O leite materno é rico em proteínas, vitaminas, gordura e água, tudo o que seu bebê necessita para se manter saudável e alimentado. Também auxilia na imunidade do bebê já que possui anticorpos e glóbulos brancos que o protegem de algumas infecções, além de doenças.
As outras vantagens do aleitamento materno vão desde o desenvolvimento neuromuscular facial do bebê, até o estabelecimento de um vínculo afetivo forte com a mãe, que o ajudará em seu crescimento posterior.

Amamentar inclui também, benefícios para as mamães. Tais quais:
- Queima calorias, ajudando ao retorno do peso anterior a gravidez
- A perda do sangue pós-parto que cessará mais rápido, além de proteger contra a anemia
- Ajuda o útero a voltar ao tamanho normal mais rapidamente
- Diminui as chances de desenvolvimento de câncer no útero e ovários após menopausa
- Diminui também as chances de desenvolver osteoporose
- É prático e econômico
- Libera o hormônio do amor, a Ocitocina
Resumindo
Amamentar é beem difícil sim! Pois exige paciência, dedicação e persistência, porém depois das dificuldades se inicia a parte boa, a qual fica cada vez mais fácil e passa a ser um momento único entre você e o seu bebê. Por isso apoio quase que incondicionalmente o aleitamento materno (salvo os casos em que a mamãe não tem produção de leite suficiente).
E sou muito feliz em ter persistido! Hoje, após 5 meses, o meu maior prazer é alimentar o meu filhote, além de sentir esta conexão tão gostosa e inexplicável com esse serzinho tão amado.
Portanto o meu conselho para quem quer amamentar é: não desista e sempre que precisar procure ajuda.
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